Fonte : www.vista-se.com.br
Do Segunda Sem Carne | No final de setembro, o
Deputado Estadual paulista Feliciano Filho (PEN-SP), conhecido pela sua atuação
na área da proteção aos animais e ao meio ambiente, protocolou o Projeto de Lei
que institui a Segunda Sem Carne em todos os estabelecimentos ligados aos
órgãos públicos estaduais (PL 580/2012).
Se a lei for aprovada, a carne estará fora dos pratos de
restaurantes, lanchonetes, bares, escolas, refeitórios e estabelecimentos
similares que exerçam suas atividades nos órgãos públicos do Estado, pelo menos
uma vez por semana.
A iniciativa vem menos de um ano depois da determinação da
Secretaria Municipal de Educação de São Paulo de que todas as unidades de
ensino sob sua gestão passariam a ter pelo menos uma refeição sem carne por
semana (veja matéria aqui).
Agora em nível estadual, o objetivo é chamar a atenção da
sociedade para as conseqüências do consumo de carne e de seus derivados,
relacionando tal questão diretamente aos direitos dos animais, à crise
ambiental, ao aquecimento global, à perda de biodiversidade, às mudanças
climáticas e às diversas doenças que afligem a população humana, incluindo
doenças cardiovasculares, doenças crônicas degenerativas, colesterol elevado,
diversos tipos de câncer e diabetes.
Conforme apontado pelo relatório da WWF sobre a Pegada
Ecológica de São Paulo, publicado neste ano, o consumo de carne do cidadão
paulista responde por grande parte da sua pegada ecológica, isto é, da sua
demanda por recursos naturais. 59% (quase dois terços) de toda essa pegada vem
da demanda por pastagens, pesca e agricultura (sendo que a maior parte da
agricultura é utilizada para produzir ração animal e, em última instância,
carne e outros produtos animais). Não é à toa que a própria WWF recomenda, no
mesmo relatório, a adoção da Segunda Sem Carne.
“Se aprovarmos este projeto, conseguiremos uma boa
diminuição na demanda de consumo de carne no estado de SP,” explica Feliciano.
“Hoje, as pessoas comem um pedaço de carne como se estivessem comendo uma fruta
ou qualquer outro alimento, sem pensar como foi parar em seu prato, ou seja, as
pessoas não têm conhecimento do quanto de sofrimento um ser vivo teve que
passar para que aquele alimento chegasse até ali.”
Para Feliciano, essa é uma ideia que pode se espalhar por
todo o Brasil. “A nossa esperança é que este projeto tenha o mesmo efeito da
Lei Feliciano, que aprovamos primeiro em Campinas, depois em todo o estado de
São Paulo e, hoje, já é lei em quatro estados e está tramitando em muitos
outros,” concluiu o deputado.
É possível ter acesso ao texto do Projeto de Lei, na
íntegra, pelo website da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (leia aqui).
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