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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Instituto Nina Rosa em entrevista na Globo


FONTE: globo.com

O Instituto Nina Rosa trabalha com a defesa da vida de todos os animais

A ONG usa a educação para combater os maus tratos e o abandono
  


Nem sempre o que está escrito na Declaração Universal dos Direitos dos Animais, aprovada pela UNESCO em 1978, como no Artigo 2º, Inciso 3: “todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem” é garantido pela sociedade. Mas pode-se dizer que essa é a linha de pensamento seguida pelo Instituto Nina Rosa (INR) – Projetos por amor à vida, ONG que trabalha com educação para combater os maus-tratos e o abandono de animais.

Criado em 2000 pela ex-modelo Nina Rosa, o instituto orienta sobre o que fazer com esses animais – de todas as espécies, não apenas domésticos – por meio de um serviço de atendimento que funciona na sede em São Paulo. Além disso, a organização também promove aulas campanhas de conscientização nas escolas e distribuição de material educativo sobre a defesa dos animais. “Como eles não podem se defender sozinhos, a lista de exploração é longa. Por isso mesmo precisam da defesa de quem se importa com eles e com seus direitos”, defende Nina Rosa, fundadora e presidente da ONG.

Em seu trabalho, os voluntários do instituto informam e sensibilizam as pessoas sobre todos os tipos de exploração animal, seja para alimentação humana; vestuário – peles, couro, seda;  entretenimento – rodeio, farra do boi, circo com animal, zoológico, tourada, rinha, parque aquático com animais, aquários; os explorados pela ciência – testes de produtos, vivissecção (dissecação de animal vivo para realizar estudos de natureza anatomo-fisiológica) no ensino.

Quanto aos recursos para o trabalho, a ONG tem como princípio não receber contribuição de empresas ou organismo contrários aos ideais que buscam erradicar todas as formas de exploração animal. Financiamos nosso trabalho com a venda do material que produzimos e com doações espontâneas de pessoas físicas. “Não cobramos por palestras, mas para a capacitação cobramos um valor simbólico”, explica a fundadora.

História


Já na idade adulta, Nina Rosa conviveu com duas cadelas, Cléo e Chica, com as quais aprendeu sobre o amor e sobre o vínculo indesatável com os animais. Quando Chica se foi, Nina prometeu a si mesma que nunca mais iria dedicar seu amor a um animal só, e sim distribuí-lo para o maior número possível, desde o menor dos insetos até o maior do paquidermes – animais de pele espessa, como elefantes, rinocerontes, hipopótamos.

“Quando ‘acordei’ para a situação de abandono e maus-tratos de animais domésticos, procurei organizações que os defendiam para me voluntariar, e durante seis anos participei e aprendi sobre a causa e as necessidades dos animais na prática. Após esse período, senti que poderia talvez fazer mais se pudesse criar e estar envolvida em todas as etapas dos projetos por amor à vida”, conta Nina.

Desde o início, Nina aprendeu sobre a importância de trabalhar com as consequências do abandono e maus-tratos de animais. “Percebi que as pessoas sempre esperavam que protetores tomassem alguma providência quando viam um animal em situação de risco; e que isso deveria mudar, pois todos os que se importam podem também ser agentes do bem. Para isso precisam de sensibilização, orientação e da coragem”, declara a presidente do INR.

Hoje, 12 anos, 8 filmes, algumas publicações, muitas orientações e palestras depois, ela confirma que a educação beneficia tanto os animais quanto as pessoas. “Oferecemos e incentivamos a assimilação de valores positivos, que passarão a fazer parte da vida, contribuindo para uma sociedade mais justa e pacífica”, relata Nina. “Além disso, aprendi que os animais não querem apenas a casa e comida de um abrigo. Querem alguém para dedicar seu amor, precisam de contato positivo com humanos.”

O trabalho do Instituto


O Instituto Nina Rosa acredita que a educação e o exemplo têm poder de transformar e incentivar a responsabilidade do homem pela natureza, pelo reino animal e pela própria humanidade. Por isso, são realizados trabalhos de educação nas escolas e projetos como o Programa de Educação em Valores para Educadores, composto de dois módulos. “No primeiro, com carga horária de 10 horas, tratamos da sensibilização sobre a valorização da vida animal e a guarda responsável de animais domésticos”, explica Nina. “No segundo módulo aprofundamos mais as informações e entramos com os conceitos sobre alimentação e consumo sem crueldade”.

Entre outros projetos de destaque do INR, está a produção em animação ‘Vegana’, que trata de alertar as pessoas de todas as idades sobre vários tipos de exploração animal. Em breve também será lançado vídeo na Internet, o ‘A Engrenagem’, que trata da exploração animal para alimentação humana. “Voltado para os educadores, estamos trabalhando na tradução de um livro sobre Educação Humanitária, que oferece sugestões de dinâmicas a serem aplicadas em sala de aula”, explica a fundadora do Instituto.

Vale ressaltar que o Instituto Nina Rosa não recolhe nem mantém animais em abrigo, mas trabalha em parceria com outras ONGs, como o Centro de Adoção Natureza em Forma. “Estamos sempre muito envolvidos em levar à frente nossos próprios projetos, mas às vezes fazemos parcerias, como no caso do trabalho de campo (ajuda a animais em situação de risco)”, completa Nina.


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